segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Dar um sentido de estado (do sítio)




 De todas as coisas, a  que mais me preocupa (diariamente), é a dúvida contínua se tomarei as decisões acertadas em relação à educação dos meus dois futuros homens. Acredito piamente na tal expressão corriqueira que diz: " é de pequenino que se torce o pepino" e eu gostaria que ambos os meus rapazes aprendessem a "torcê-lo até ao tutano", ou seja, que aprendessem a tentar perceber, sempre, o porquê das coisas. ( vá pronto! é verdade, o que eu quero mesmo é encher este país de mafaldas em ponto grande!)


Educar, muito para além de ser mãe ou pai, é sobretudo oferecer àqueles que de nós ganham o dom da vida, as ferramentas básicas para a sua própria felicidade. Isso implica bases, e as bases são nada mais nada menos do que o respeito pelos valores que nos tornam diferentes do outros animais que competem indefinidamente pelo direito à vida.  Quero acreditar que já estamos muito além desse patamar, e que , apesar dos muitos maus exemplos que por aí se vêem, o direito à vida, hoje, se refere à dignidade e ao respeito pelo outro na sua diferença e também na sua igualdade - ao respeito pela honra, pela palavra dada, pela amizade como um valor superior a qualquer outro que se possa transformar em corriqueira grandeza de um pouco mais que nada -  pois que no final seremos sempre todos iguais, e dos fracos e afins não reza qualquer verídica história.


Por falar em rezar : espero que por valores se entendam valores morais e não outros de qualquer outra espécie que possam andar misturados, sem nunca esquecer que os nossos valores devem sempre dar a primazia do amor ao próximo ( sim eu sei, sou repetitiva, mas esta coisa  do desrespeito pelas liberdades fundamentais; o uso e abuso dos poderes como se eles fossem dogmáticos, " pôe-me em estado de sitio" !)






2 comentários:

  1. Minha amiga, também tenho dois filhos, e também tinha as mesmas preocupações e aspirações quando eles eram pequenos.
    Dei-lhes o que pensei ser o melhor, o respeito pelos outros, a educação e formação.
    E afinal agora está tudo posto em causa...desempregados e a questionar tudo.
    Não desejo aos seus a mesma sorte.

    beijinho

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  2. O verdadeiramente frustrante é quando começamos a por em causa os verdadeiros princípios por necessidade de sobrevivência. Não quero que isso aconteça aos meus nem a nenhuns. A noção de bem comum tem que prevalecer se queremos que a vida tenha algum sentido. É isso que procuro, todos os dias =)

    beijinhos

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