finalmente, ao séc.XXI.
Sou católica, apostólica, mas não sou romana, sou portuguesa e bem!
A Instituição Igreja tem demasiadas responsabilidades civis e humanas
para se recusar a entrar no novo milénio. Tentar manter uma
instituição a funcionar como o fazia à séculos atrás é no minímino uma
irresponsabilidade.
Há 600 anos que um papa não renunciava . Diz Bento XVI e bem: "No
mundo actual, sujeito a rápidas transformações e sacudido por questões
de grande relevância para a vida da Fé, para governar a barca de S.
Pedro e anunciar o Evangelho é necessário também vigor, tanto do corpo
como do espírito...."
Esperemos que o conclave e o colégio dos cardiais reconheçam a mensagem
explicita que Bento XVI pretendeu enviar: ele, ainda no poder das
suas faculdades, resolveu renunciar para que não fique a sua história
marcada por decisões que pode já não ser ele a tomar se se mantiver no
lugar. Um Papa que viu a sua confiança ser traída e os seus "operários"
com condutas menos próprias, percebeu que
alguma coisa tem de mudar!
A Igreja tem responsabilidades na educação, no apoio e
segurança sociais: não pode ser a ultima a admitir a igualdade das
mulheres; não pode fingir não ver que a sexualidade faz parte da vida
humana e que pode ser veiculo facilitador de doenças, fome e pobreza.
Deus disse: " Crescei e multiplicai-vos" (génesis 1.28) mas não disse
"comei-vos uns aos outros" . É necessário reconhecer as limitações e
capacidades do planeta Terra e tentar através da educação dos povos
manter a tranquilidade social, o reconhecimento das igualdades de
direitos, a fé e a esperança num mundo mais justo, que nos capacite
uma melhor qualidade de vida, com respeito pelas diferenças de cada
povo.
João Paulo II pediu desculpa aos judeus pelas calamidades do
holocausto, agora que a Europa atravessa um novo momento de crise, é
necessária a paz e a compreensão para levar o barco a bom porto.
Jesus veio anunciar a boa nova, nasceu num berço sem luxos, não
para que nos tornássemos todos pobres mas para mostrar que somos
todos iguais independentemente do berço onde nascemos.
" Amai-vos uns aos outros como eu vos amei"e que a Igreja Católica aproveite esta
oportunidade para mostrar aos outros poderes que a sua riqueza pode e
deve ser distribuida por todos pela melhora das condições de vida,
pedindo apenas por juros que os povos sejam Justos perante o próximo!
( ...e já agora, desçam-no do trono que está desapropriado à doutrina!)
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