sábado, 3 de novembro de 2012

Rua, passeio, estrada ou simples estação errada?



A rua era comprida, talvez demasiado ( rua, passeio ou estrada?) para quem desconhece a quantidade de passos que se deram para trás.
Olhou o mapa. Estranhamente naquele mapa não conseguia descortinar qualquer direcção visível. Tentara já volta-lo em todas as posições possíveis e nada, nada.
Sentou-se.
As folhas do chão, anunciando o Outono, formavam o tapete comum para a época. Quando teria chegado? o Outono? Não dera por ele chegar, ocupada que estava a encontrar a direcção.
Fechou os olhos.
O azul do céu colou-se ao chão e as folhas absorvendo o azul levantaram no ar, movidas por uma brisa que não sentiu. Bailavam, brincando, subindo no ar que se encheu de um azul, estranho para a estação.
Acorda!
Ah?
Acorda!
Já chegou?
Quem?
O outono?
Menina, em que mundo vives tu? Há que tempos que cá está.
Engraçado, não tinha dado por nada.
Tu nunca dás por nada.
Dou, quase sempre por nada...e paro sempre numa qualquer estação errada.


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