quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Um género de mulheres sem tempo

Confesso, sou contra qualquer tipo de proteção de excessão em relação às mulheres. Não somos animais em vias de extinção, nem tão pouco frágeis seres que necessitam ser protegidos para sobreviver. Infelizmente ainda há muita gente por aí que pensa que sim. Esquecem-se, esses que se julgam mais ou menos iluminados (conforme o ponto de vista muda de género) que são as mulheres que muitas vezes mantêm a higiene e a saúde familiares a todos os níveis e ainda conseguem fazer, hoje em dia, o que os concorrentes de outro género fazem, nos locais de trabalho. Felizmente que já vão havendo muitos homens que sabem o que significa a palavra igualdade. Significa que não existem "tarefas" de mulheres e "tarefas" de homens, existem pré-disposições, gostos e limitações pessoais que nos tornam a uns e a outros mais capazes para determinadas tarefas.
Todos os números, vagas especiais e medidas de proteção excecionais me parecem aberrações, embora não coloque aqui as situações especiais de fragilidade como agressões físicas e morais que podem ocorrer com qualquer ser humano que se ache em situação mais fragilizada.
Mas infelizmente estas ideias ainda necessitam de ser defendidas, porque ainda há muito quem não pense assim.  São para esses essencialmente que se criam as comissões, como forma de educação para a cidadania e para a igualdade efectiva.
O Instituto Europeu para a Igualdade de Géneros criou um calendário que tem como finalidade dar a conhecer a vida e a obra de mulheres europeias. Este mês a cara é portuguesa. É a segunda vez que uma mulher portuguesa aparece como a cara do mês. A primeira foi Maria de Lurdes Pintassilgo ( essa força da palavra e do pensamento no feminino em português) em 2001 e agora é a vez de Maria Regina Tavares da Silva. Confesso que não conhecia o seu trabalho, mas é sempre bom saber que não é necessário vir frequentemente nas revistas para se ser reconhecido pelo trabalho e pela pessoa carismática que se é. Se quiserem saber mais é só clicar aqui.



Somos um todo que se complementa e é por isso que a natureza separou duas partes e as une para se completarem. Uns sem os outros não sobrevivemos e é essa a verdadeira noção de igualdade ( digo eu!).

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