sábado, 29 de setembro de 2012

Foi Deus?

                                   





Pergunto-me demasiadas vezes demasiadas coisas, e só me ficam as certezas quando me dão as respostas. As perguntas certas nem sempre são feitas e por isso as respostas não satisfazem. Lutamos dia a dia em conjunto ou solitários por aquilo que queremos. Mas será que foi isso que escolheram para nós? Se acreditarmos que somos donos do nosso destino, tudo nos é possível. Mas seremos mesmo? tanto destino que por aí anda, coincidindo em quereres, objectivos, desejos...um passo em falso e viramos a esquina para o lado "errado" encontrando alguns rostos e perdendo o rasto a outros, baralhando as respostas das perguntas que ficaram por fazer.

Tudo nos será possível ou a possibilidade é toda a certeza que poderemos alguma vez entender??

                                         
                                                    " Foi deus
                                                  Que deu luz aos olhos
                                                       Perfumou as rosas
                                                             Deu oiro ao sol
                                                                  E prata ao luar





Foi deus
      que deu voz ao vento
             luz ao firmamento
                   e deu o azul às ondas do mar
                                                               
                                                            Foi Deus...

                                                           

                                                                  
 
                                                 
       ( excerto do fado -Foi Deus -composição de Alberto Janes para Amália)*



Foste tu?
Foste tu que baralhaste os caminhos?
Foste tu que separaste os nós e enleaste os cadilhos, formando assim os trocadilhos?
Foste tu que baralhaste as cartas e depois cortaste a mão jogando à sorte qualquer um dos naipes?

Foste tu que puseste a pedra no meio do troço?
Foste tu que separaste as gentes e lhe deste a voz para que se juntassem de novo?
Foste tu?

És tu que crias as perguntas?
És tu que as respondes?
Mas se as perguntas já foram feitas, de que vale a resposta, se já a deste, desde o início dos tempos?

Foste tu?
Foste tu que nos puseste a caminhar lado a lado , criando cordões humanos que te perguntam, porquê?


És tu?

                                                   O QUE ME PERGUNTAS?

                                  Sem ouvir a pergunta, jamais saberei dar a resposta....


                                                         "Se canto
                                                 não sei o que canto
                                                 misto de ventura
                                                 saudade, ternura
                                                  e talvez amor..." *


Se és tu que crias o veneno, porque tens o antídoto?
Se a cada passo, percorro o caminho que me deste, porquê tanto obstáculo até ao fim...

Onde vais Senhora?











quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Mimo

Sempre gostou de os ver assim , imóveis, como se fossem estátuas humanas, aliás, é isso que lhes chamam, certo?

Estava um dia cinzento, daqueles dias em que o céu não tem cor definida e nem se consegue distinguir se o céu é céu ou se são apenas nuvens em blocos uniformes que se recusam a demonstrar as junções que existem entre elas.
Correu para perto assim que o viu.
Sempre a fascinaram aquelas figuras imóveis e indefinidas.

Poderia até fazer um quadro perfeito descrevendo-a com uma menina loira de totós, presos com fitas coloridas e um vestido que lhe dava a graça da idade da brincadeira. Mas não há quadros perfeitos e nem mesmo os grandes mestres se satisfazem por completo com as suas criações.

O cabelo era curto, talvez demasiado curto, o que com os seus 5 anos a fazia passar por qualquer coisa. Tanto podia ser menina , como menino, já que também não era hábito envergar os tais vestidos coloridos que seriam necessários para o quadro perfeito.

Era cinzento, todo cinzento, e tal como as nuvens se recusavam a demonstrar as suas fissuras também as suas roupas pareciam ter sido esculpidas do seu próprio corpo. Tudo uno. Cinzento. Imóvel. Respirava? Sentia? Pulsaria alguma coisa por baixo da cinzenta unificação?
Que estranho que é...não pode ser natural.
Fascinavam-na ao ponto de se deixar estar, também ela imóvel, durante todo o tempo que conseguisse à espera que a estátua humana se movesse.

O meu nome...chamam o meu nome...só mais um pouquinho...

Abriu os olhos
Vai-se mexer! vai-se mexer!
O olhar pareceu cobri-lo com uma chama de vida ténue, que depressa se apagou. Nem os próprios olhos pareciam transmitir vida através da imobilidade.

O meu nome...chamam o meu nome...
gritam-no agora...

Virou costas, devagar a principio e depois, abraçada pela curta memória característica de quase todas as infâncias, em passos salpicados por sonhos ultrapassando em saltinhos obstáculos que só ela própria via existirem no chão.

O homem estátua... Virou-se.

Tinha mudado de posição. Bastou apenas alguns minutos. Ele mudou de posição e ela não conseguiu dar conta.

Esconde as mudanças de posição, para que não o consigam perceber...deve ser por isso que também lhe chamam mimo.

Chamam por mim.
O que estavas a fazer?
Nada. Estava apenas a ver a figura da perfeição.


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Mudanças de Estação



Por aqui vestimos as cores de Outono. Parece que veio de mansinho, na hora certa, ocupar o lugar que lhe pertence. O Outono é para mim a necessária estação para a hibernação que vem com o Inverno. Não que me passe sequer pela cabeça hibernar (porque como isto anda, aí de quem não vá trabalhar) mas porque no fundo o Inverno é um tempo de reclusão e meditação em que nos vimos confinados à protecção segura de um abrigo contruído, para que as tormentas que o céu divide, não sejam fatais e demasiado rigorosas.

A verdade é que arranjei uma desculpa para mudar um pouco, parece-me sempre que nunca está suficientemente bem e que se pode sempre melhorar e nunca fico totalmente satisfeita com o resultado. Exigência? não acho, até porque sou bastante descontraída quando faço uma coisa que realmente gosto. Mania da perfeição? ( completamente fora de hipótese, sou contra isso e a minha religião não me permite) Então o que será? Na verdade acho que é uma insatisfação que me é intrinseca, nunca estou realmente satisfeita com o resultado daquilo que faço. No entanto, esta premissa aplico-a a mim e exclusivamente a mim. Traz-me de facto alguns contra-tempos e nunca dou o devido valor ao que é meu. Apesar disso sei que consigo quase sempre transmitir a outros o valor que lhes atribuo, mesmo que por vezes a expressão desse valor seja feita de uma forma que me caracteriza, ou seja, é preciso conhecer a peça para lhe entender o significado.

Num dos vários cursos que já fiz (como é também característica da minha geração, todos nós acumulamos formações atrás de formações), na disciplina de relação interpessoal, o professor caracterizava o português como aquele que, numa sala escura onde só  houvesse um projector, se iria colocar no local mais sombrio dessa mesma sala. Lembro-me de ter pensado: Sou eu! Não há dúvida, corre-me sangue português nas veias! O pior é que isso nos tem trazido demasiados dissabores ao longo dos tempos, especialmente por desvalorizarmos aquilo que é nosso.

Felizmente vão existindo alguns Mourinhos e Figos e Ronaldos, que apesar das criticas de que são alvo no seu próprio país, lá vão levando a sua avante, acreditando sempre no seu real valor.


Temos que ser fortes! acreditar no nosso valor e acreditar que apesar de todas as cigarras a cantar neste país, as formigas resistirão aos Invernos, preparadas que estão para os tempos maus...





domingo, 23 de setembro de 2012

Pinturas de Sonhos





Nem sempre as coisas me saem da melhor forma. Não sei se convosco acontece da mesma maneira, mas demasiadas vezes durante estas 20 ( não...35) primaveras, as coisas não correram como eu pensei que iriam correr. Lembro-me por exemplo ( ou lembraram-me há pouco tempo) de uma vez em que, num feliz aniversário de uma amiga, a diversão da festa foi passeio a cavalo. A santa da égua tinha uma paciência invejável, e à vez, davamos voltas em frente do monte, montando e desmontando o animal durante horas. Ora numa das vezes que me calhou a dita volta, encaminhei a pobre égua, que já estava desgastada e faminta de tanta volta, para perto da local da ração. Pensando que tinha chegado a hora de comer , a dita cuja começa a correr desenfreadamente e a pobre da cavaleira ( neste caso eu ) teve que se agarrar com unhas e dentes, a tudo e mais alguma coisa, em cima do bicho, para não cair.
Juro-vos, foi a vez que vi o chão em movimento mais perto do nariz, mas não caí!

É verdade que passamos uma fase muito má, também é verdade, e sei que muitos de nós assim o sentimos,  que não foi nada disto que planeámos para as nossas vidas. Mas a vida é mesmo assim, pouco ou nada é permanente e vamo-nos adaptando e moldando ás situações, tentando sempre pintar da melhor forma, aquilo que nos calhou como resultado das nossas escolhas. E mesmo quando a pintura não fica a nosso gosto, temos que nos agarrar com unhas e dentes à vida, a soluções, a outras formas de ver o que está à nossa frente, lutando sempre por algo melhor ou que nos satisfaça mais.


Deixo-vos a pintura que fiz na mão, uma imagem... A arte, a beleza, os objectivos são diferentes em cada um de nós, mas numa coisa todos somos iguais: queremos ser. Feliz somente.


"...Em cada grito da alma
    eu sou igual a ti
    de cada vez que um olhar
    te alucina e te prende
    tu és igual a mim

    Fazes pinturas de sonhos
    Pintas o sol na minha mão
    E és mistura de vento e lama
    Entre os luares perdidos no chão..."

                    TATUAGENS - Mafalda Veiga




quinta-feira, 20 de setembro de 2012

dancar sobre rodas

Dancar sobre rodas....ja' te imaginaste a dancar sobre rodas ?
Fecha os olhos. O que  ves?
A luz entra pelos olhos e a iris brilha. A pequena menina que vive no sossego do olhar cresce, para deixar entrar o brilho das lantejolas que preenchem todos os sonhos de todas as meninas, princesa por um momento!
Comeca...
Sentes como base do movimento o chao que te foge  e o sorriso esconde o nervoso miudinho, a conversa muda do teu corpo contigo para te dizer: continua!
Uma salto! piruetas no ar ( borboletas?) e a liberdade! O movimento transporta-te so a ti para o infinito... Numa fracao de segundos o ar acaricia de mansinho a tua face e cais certeira no chao. Equilibrio! a chave de todas as certezas da vida. Percorres o  espaco vazio que te cabe preencher com coreografias, que demonstrem o teu valor. O chao mante-se firme no seu lugar, so tu deslizas como se  fosse possivel dancar acima da linha que separa a terra do principio do ceu.
Lantejolas como luzes multicolores agradam outros olhos que se fixam nos teus movimentos. Equilibrio e tudo sera como planeaste.
As palmas!!!
Dancar sobre rodas. Sabes como e'? e' como se por um momento te libertasses do chao onde caminhas e conseguisses ser mais leve que o ar... sem nunca sair do lugar, equilibrio e' esse que te fara' continuar.


Grandola ,  abriga por estes dias os jovens selecionados europeus, que  vieram ao Alentejo disputar a qualidade da sua arte e do seu engenho no desporto que escolheram para praticar...

Saudo-os a todos , desejo-lhes que se encantem por esta terra e este pais maravilhoso, que demostrem todo o seu potencial e no fim que ganhe aquele que tiver acreditado mais , e por mais tempo...

Boa sorte  @**

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O nosso mundo privativo



Hoje vi, nas redes sociais, uma frase supostamente ( e digo supostamente porque ainda nao li o livro portanto nao posso confirmar) escrita por Jose Saramago nos cadernos de Lanzarote , diario III, pag. 148 ( ela ate sabe a pagina... vejam la ao que isto chegou!!!)
«Privatize-se tudo,privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho,sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente,para florão eremate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados,entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas,mediante
concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora,privatize-se também a puta que os pariu a todos.»
E' absolutamente maravilhoso ver como a mente do escritor consegue sobrevoar e sobre-importar os conceitos e encadea-los em logica de pensamento,esses que parecem nada ter a ver uns com os outros, e faze-los parecer o unico caminho de pedras que atravessam o riacho.
Gosto de pensar que tudo o que me rodeia e um pouco meu, quem nao gosta de ter o seu proprio pedaco de mar ou o seu cantinho de ceu , a estrela que eu sei que mais ninguem viu no ceu e que so por isso e' so minha , esta ou aquela terra que e um pouco minha tambem...
O conceito de publico e privado anda, a meu ver, um pouco baralhado nas mentes humanas, tal como o conceito de igualdade e democracia.  A igualdade so consegue existir abracada ao conceito de diferenca, respeitando-se mutuamente, equiparadas em esforco e em recompensa quase em jeito de troca: eu dou-te a minha diferenca para que me des a minha igualdade tal como recebo a tua diferenca para me mereceres a igualdade. E e daqui que nasce a democracia, da troca, do respeito, da justa recompensa pelo trabalho realizado...
O mundo das criancas e' maravilhoso, ou deve ser, cheio de pensamentos e conclusoes que nos parecem a nos mirabolantes mas que sao apenas a conclusao pratica de quem so ainda tem os cinco sentidos e o sonho como referencias da realidade. Depois vao-se ganhando outros conhecimentos e referencias, muitas vezes atraves da imitacao, e e' facil esquecer as coisas simples e as conclusoes logicas, mesmo que mirabolantes, retiradas da observacao. Ha quem consiga trazer consigo a bagagem, cozinha-la com o que aprendeu imitando, fazendo assim  nascer algo novo e diferente em si : o trajecto da liberdade.  Mas uma coisa jamais esquecemos durante  o percurso que nos leva ao nosso destino: que os sonhos sao nossos, a terra onde nascemos e' nossa,  e o ar e o ceu jamais se poderao aprisionar. Sao nossos, um pouco nossos, e so' quando assim e' os conseguimos respeitar.

Este fim de semana vi uma curta metragem da Pixar que ilustra muito bem a importancia de todos termos o nosso papel, diferente, na sociedade. No universo das criancas, no meio de sonhos e das improbabilidades tecnicas, e tao bom descobrir que afinal e tao facil de explicar...
So consegui um mini trailer, mas o que vale a pena e' o filme, pelos vistos ainda nao anda a' solta no " tube".  Esta a ser apresentado antes da brave - a indomavel e chama-se La Luna. ( e Saramago meu caro, la ao pe da estrela em que esteja, e com todo o respeito que lhe mereco, pelo universo de literatura cheio, tambem, de ilusoes filosoficas que nos deixou...a puta tem de ser publica, porque se se privatizar, deixa de ser puta: logico nao???)

        
http://www.youtube.com/embed/ihQiAJnNnnY

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O primeiro dia ( 15/09 )

É engraçada a forma com podemos sempre comparar o crescimento de um ser humano com o crescimento das redes que o próprio ser encontra para se manter seguro e em constante relacionamento.
Deixo-vos pensar um pouco na nossa democracia... no principio a alegria, chega devagar a vontade de dar os primeiros passos no desconhecido, desprendem-se amarras e calcorreia-se o mundo com a certeza de que nada será igual.
Depois vai-se cortando com o passado, por vezes abruptamente, negam-se princípios e conhecimentos adquiridos e tenta-se tudo de novo, varrendo-se para debaixo do tapete o que antes existia, sem separar a importância de cada coisa.
Depois vem o êxtase, a certeza de que nada jamais será igual , a fartura, a imprudência de nos convencermos a nós próprios que a abundância é uma permanência adquirida. Cansam-se as vontades , esquecem-se batalhas, descobrem-se fraquezas e incertezas e tenta-se dar uns passos atrás, procurar nas prateleiras atrás dos livros, outros livros que falavam de outras formas, já por outros entendidas, de como fazer o quê.
Pirueta atrás e à frente, chegam-nos os mesmos discursos, vestidos com outros fatos, que nos roubam de outras formas, o que já antes também se roubava. Os direitos ficam tortos e os tortos que pareciam direitos correm à nossa frente atirando-nos à cara as escolhas que "em liberdade" fizemos. De rascas,como chamaram aos primeiros filhos da madrugada de Abril, passamos a à rasca e em 3 gerações de gentes se descobre a falibilidade de deixarmos que outros pensem por nós.
Chega-se ou ainda se chegará à conclusão que a liberdade, ou democracia, não se resume à responsabilização de outros , que se sentam em bancos estufados pelo trabalho de tantos, mas sim à verdadeira luta contínua pela certeza do nosso valor, pelo que é nosso, pelo que produzimos e podemos oferecer a outros tantos por esse mundo que como nós, continuam tentando desbravar caminhos entre aqueles que nascem tortos, em prol de todos os direitos.

"...nasce um novo dia e no braço outra asa,
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida:
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!".

sábado, 15 de setembro de 2012

O inesquecivel ano de 2012




Ontem foi o ultimo dia de ferias ou, conforme a perspectiva que se preferir, o primeiro dia de aulas de um novo ano lectivo.  Eu tive a casa cheia ( adoro uma casa cheia). E' bom ver os miudos brincando, simulando vidas, jogando o futuro em brincadeiras que demonstram a capacidade  do que a esperanca ainda lhes pode oferecer. Passam de um concerto para uma sessao de anedotas, parando em frente a televisao para jogar as capacidades desportivas fazendo-se passar por qualquer super-heroi em disputa por um  primeiro lugar e assim conquistarem a admiracao e o respeito uns dos outros, sem sairem do mesmo lugar.
Enchem-me de alegria saber que o futuro mantem a esperanca viva. Eles nao sabem, nem tem ainda nocao ( e ainda bem) de todo o esforco que esta por tras, para que a vontade  de continuar se mantenha presente. Para eles crise, e' nao poderem adquirir qualquer objecto reluzente que lhes salte aos olhos. Simples assim.
Pergunto-me algumas vezes em quantas bocas nao tera a crise o mesmo significado. Porque e muito facil nao saber medir o esforco dos outros quando a nossa propria regua de medicao tem uma escala completamente oposta ou se encontra baseada em valores diferentes .
Diferenca, eis um ponto fulcral que e preciso aprender ( e ensinar) a respeitar.
Por isso adoro uma casa cheia, adoro te-los por ca, cada um com os seus gostos, com as suas manias, com os seus defeitos, que juntos aprendem a saber respeitar e apreciar uns nos outros, respeitando as qualidades de cada um e experimentando todos um pouco daquilo que cada um faz melhor ou menos bem.
Enquanto puder ( e eles quiserem) quero te-los por aqui, bem perto, na minha alegre postura de kanguru,  onde posso sempre protege-los dentro da bolsa de marsupial. Sim, porque cada ano e' um novo caminho que eles vao encetando para fora da minha bolsa e espero que quando tiverem que andar sozinhos e fora dela estejam preparados para enfrentar este mundo dificil que construimos e que lhes vamos deixar .
Por enquanto preocupo-me em alegrar um pouco os dias e mostrar-lhes que para sermos felizes, temos que aproveitar todos os momentos juntos, como se nao houvesse amanha...e que depende exclusivamente deles a capa que usarao para vestir a sua propria vida.

" Yeah, you could be the greatest
  You can be the best
  You can be the king kong banging on your chest
You could beat the world
You could beat the war
You could talk to God, go banging on his door
You can throw your hands up
You can beat the clock
You can move a mountain
You can break rocks
You can be a master
Don't wait for luck
Dedicate yourself and you can find yourself "
                               Hall of fame ( feat will.i.am) - The Script

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Iluminando/ Ilucidando



O primeiro livro que tenta explicar a vida do Homem na terra comeca assim:
" No principio deus criou os ceus e a terra. A terra era informe e vazia. As trevas cobriam o abismo, e o espirito de Deus movia-se sobre a superficie das aguas.
Deus disse: faca-se a luz. E a luz foi feita "....


No inicio deste ano, este blog comecou com um colete de seguranca "cor de rosinha"                                                a tentar colorir de alguma forma o incolorivel ( adoro novidades, palavras novas entao!!??? uiii!!! ) mas mantenho-me firme e hirta na mesma posicao!
Ate com pedras e cinzentismos se pode sonhar com uma flor e quem sabe construi-la a partir do sonho.
Perguntem-me se acredito que as coisas vao mudar tao prestes. Bom, acredito mais ou menos com a mesma intensidade com que acredito piamente na historia que vos falava no inicio . Por isso decidi nao me chatear tanto com isso e fazer das horas dos meus dias uma tentativa de encontrar alegria e vontade em todas as pequenas coisas.
E faca-se uma outra luz no meio destes entrevados que governam o nosso pais!